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HISTÓRIAS DO LIVRO




O Livro de papelArnaldo Campos



Acerca da ImprensaGérard de Nerval


A Forma das LetrasMaria Ferrand e João Manuel Bicker


A Folha de RostoDorothée de Bruchard


A EncadernaçãoDorothée de Bruchard


Colecionismo: o desejo de guardarVera Regina Luz Grecco


Um Livro de HorasAs Riquíssimas Horas do Duque de Berry


Os livros na Idade MédiaJacques Verger (excerto) O formato do livro, tal qual o conhecemos hoje no Ocidente, tem sua evolução retraçável até o antigo Egito. Por milênios, esta forma foi acompanhando os passos da civilização, de que o livro é elemento chave. Evoluiu como evoluiu o uso e a necessidade do texto escrito e, como tudo na história dos homens, moldando-se aos limites do material ao mesmo tempo que sempre superando-os em prol de maior velocidade, economia e funcionalidade. É uma longa história de tentativas, erros e acertos no mais das vezes anônimos.Os antigos cristãos, cuja religião era assentada na Palavra e sua difusão, ao substituírem o rolo de papiro pelo códex de pergaminho talvez não percebessem que ao optar por um material mais barato e um formato de mais fácil transporte, promoviam uma revolução na postura do leitor: folheável, e não mais desenrolável, o livro se tornava mais acessível, incentivava a pesquisa, e podia até ser anotado, fato que acarretou mudança incalculável na vida intelectual.A invenção da imprensa talvez fosse relegada à gaveta por séculos, não tivesse o papel, suporte mais barato que o pergaminho entrado na Europa pouco antes — o pergaminho não suportava a prensa —, não tivesse sobretudo o advento das universidades, do humanismo, da contra-reforma produzido um número crescente de ávidos leitores.No século XVI, o livro adquiria a forma e estrutura que nos são hoje familiares. Só vêm mudando desde então as tecnologias de edição, e suas características estéticas.Com as facilidades trazidas pela informática, nunca se produziu tantos livros como hoje — quase qualquer pessoa pode diagramar um livro e imprimi-lo em alguns exemplares nas gráficas rápidas. Em meio a tanta profusão de recursos fáceis, importa conhecer um pouco da história do livro, das razões de sua forma ser esta e não outra, para encontrar a harmonia entre a criatividade e a experiência acumulada. (D. B.)

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